O campo normalmente não é o primeiro ponto do retorno de um atleta de futeboll às atividades depois de uma lesão. Atualmente, a retomada da prática esportiva se dá de maneira lenta e gradual. E a hidroterapia tem papel fundamental para isso. A piscina recebe o jogador e o ajuda a praticar treinos funcionais para o fortalecimento muscular.
Quanto mais cedo o atleta volta a fazer movimentos que realiza em campo de futebol, mais cedo ele vai voltar a jogar e menos receio ele vai ter de atuar normalmente. A hidroterapia dá uma segurança muito maior ao jogador e ele pode antecipar alguns movimentos.
Uma das grandes vantagens da hidroterapia é a liberdade de movimento. Na piscina, o atleta pode trabalhar grandes grupos musculares de forma segura, em grandes amplitudes e em diferentes direções.
Além disso, o ambiente aquático reduz a sensibilidade à dor. Com menos gravidade e uma resistência superior à do ar, a piscina possibilita a realização de movimentos que o atleta não conseguiria exercer em terra. O empuxo também diminui o estresse nas articulações devido à menor ação do peso corporal.
A Hidroterapia é eficaz em patologias neurológicas, músculo-esqueléticas e cardiorrespiratórias, buscando a recuperação funcional e a reeducação motora. Os ganhos com os exercícios feitos dentro da água são muitos: força muscular, aptidão física e amplitude de movimentos podem ser mantidos e melhorados. Equilíbrio e coordenação são aperfeiçoados. A atividade física nesse ambiente ainda promove a analgesia, graças ao calor.
A eficácia do tratamento é plena quando a água é aquecida a uma temperatura agradável ao paciente, na faixa de 32 a 33°C (dependendo da temperatura exterior). O corpo ganha calor através das áreas que estão debaixo d´água, porém só consegue perdê-lo a partir do sangue nos vasos cutâneos e glândulas sudoríparas das regiões expostas como face e pescoço. O corpo ganha calor da água a partir da conversão de energia durante o exercício. Portanto, uma elevação da temperatura corporal é inevitável.
Hoje em dia, trabalha-se muito com tração e bicicleta embaixo d´água. Isso ajuda o atleta a ganhar força e recuperar totalmente os movimentos e é um ponto importante antes de liberá-lo para o campo.
Os exercícios terapêuticos devem evoluir com segurança, a resistência da água é utilizada para fortalecer os músculos e melhorar a estabilidade. O calor aumentará a circulação, reduzirá o espasmo muscular e ajudará a aliviar a dor. Os pacientes não precisam saber nadar.
O trabalho de hidroterapia ainda deve ser planejado em conjunto entre o fisioterapeuta e o preparador físico. É muito importante que exista um consenso sobre o momento certo para o atleta voltar a fazer certos tipos de movimentos e sobre a melhor forma de utilizar a hidroterapia para o jogador não ter uma perda de força tão grande. Tudo isso depende de um projeto da comissão técnica..
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