O trabalho de um treinador no futebol depende muito do tipo de marcação que ele adota. Existem várias maneiras de se pressionar um adversário, e uma delas é a marcação em todo o campo. Para efeito de treinamento, ela é conhecida por jogadores e técnicos como "número um". Assim, ela pode ser utilizada em alguns momentos da partida e o comandante só precisa fazer um gesto.
Estando a bola em qualquer ponto do setor defensivo adversário, com goleiro ou zagueiros, os atacantes devem adiantar a marcação o máximo possível, colocando-se próximos da linha frontal da área em tiros de meta e até mesmo dentro da área penal quando a bola estiver em jogo. Tudo isso deve ser realizadoem manobra sincronizada com os meias, que se aproximam da linha de atacantes e marcam os meio-campistas adversários, bem como o avanço dos zagueiros e laterais.
Seguindo o princípio de compactação, os zagueiros e laterais devem adiantar a marcação e jogar no limite defensivo do campo de ataque para limitar o raio de ação dos jogadores adversários. Quando isso acontece, é fundamental que os atletas adotem uma formação compacta lateralmente para evitar penetração dos adversários e escapadas da pressão por meio de lançamentos.
As grandes e bem treinadas equipes executam com perfeição a compactação em espaços inferiores a 35 metros e configuram um bloco impenetrável lateralmente, que também funciona como suporte para início do contra-golpe em caso de retomada de posse de bola.
Pode-se executar a marcação pressão até mesmo em bolas paradas (tiros de meta e arremessos laterais, por exemplo). Quando a bola estiver nas mãos do goleiro, contudo, esse sistema não é recomendável porque oferece riscos de um lançamento longo.
Os principais cenários de utilização da marcação pressão são a existência de uma equipe muito superior à outra (não só no aspecto técnico, mas física e taticamente), jogos como mandante, momentos de desvantagem no placar, confronto com uma equipe de bom toque de bola desde o setor defensivo e para surpreender o adversário.
As principais vantagens desse sistema são a dificuldade que ele impõe ao adversário, a proximidade da meta oposta, a retomada imediata da bola e a obrigação do adversário dar chutões e lançamentos, sem conseguir trabalhar a bola em velocidade.
Em contrapartida, esse sistema tem uma exigência física muito grande e raramente consegue ser executado de maneira igual por todo um jogo. Além disso, com a equipe compactada e postada no campo de ataque, o rival sempre tem muito espaço para contra-golpear – sobretudo em chutões e lançamentos longos.
A marcação pressão é normalmente utilizada em alguns momentos das partidas, alternada com outros sistemas, para propiciar aos jogadores a recuperação no quesito físico.
Bibliografia
LEAL, Júlio C. Futebol arte e ofício. Editora Sprint, 2000.
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